HISTÓRIA

Freguesia de Santa Maria, 

Celorico da Beira, Guarda, Portugal

Anexas
Espinheiro - Lameiras
Barco - Vila Longa





Constituindo uma das três freguesias da zona urbana de Celorico, outrora também designada Nossa Senhora da Guia, Santa Maria domina a parte mais antiga da Vila, com o seu imponente Castelo, zona histórica e a privilegiada panorâmica sobre o Rio Mondego.

Vila de fundação antiquíssima, atribuí-se-lhe a sua origem aos túrdulos, 500 A.C.. Foi palco de diversos povos: romanos, godos e árabes. Igualmente foi palco de diversas lutas, num lugar glorioso do passado.

A origem do seu nome não é clara, pretendendo uns que a sua designação pertença ao seu fundador, Brigo que fundou Celiobriga. Outros, pelo contrário, dizem que o nome de Celorico advém das suas antigas designações Sol Rico ou Zelo Rico ou Celo Rico ou Céu Rico em referência à fertilidade do solo, fidelidade das suas gentes ou da agradável paisagem.

Conquistada aos mouros, no reinado de D. Afonso Henriques, por D. Mourinho Dola, seu primeiro Alcaide, foi assediada diversas vezes pelos castelhanos, tendo sido uma delas em 1189, quando era Gonçalo Mendes seu alcaide - mor, irmão do alcaide de Linhares. Facto que ficou presente nas armas das duas Vilas. 

Segundo a tradição, os castelhanos entraram em Portugal, cercaram e tomaram diversos castelos, trazendo como lema aprisionar o alcaide-mor de Celorico. O alcaide de Linhares, irmão do de Celorico, sabendo da notícia por um amigo que tinha em Castela, juntou homens de armas que foram em socorro do alcaide de Celorico.

Ao chegarem a Celorico, apanharam os castelhanos pela retaguarda, que se preparavam para cercar o Castelo. 

Em 1245, mantendo-se Celorico fiel a D. Sancho II, foi cercada por D. Afonso III, que quase tomava a praça pela fome, não fosse a astúcia do alcaide Fernão Rodrigues Pacheco, servindo uma truta que uma ave deixara cair, quando sobrevoava o Castelo.
A freguesia de Sta. Maria oferece ao visitante um conjunto de casas e ruas dispersas em redor do seu castelo, que fazem recordar tempos antigos de batalhas e fortificações gloriosas, na defesa do território.
Rica pelo seu património edificado e cultural podemos recordar o passado nas suas gentes, oficinas de portas abertas para calçada, profissões antigas e com graves problemas de herdeiros, seguidores das mesmas, como o latoeiro ou o alfaiate.

O largo de Sta. Maria rodeia o visitante de uma beleza ímpar, na sua Casa Brasonada, ou ainda na sua Torre do Relógio.

Gozando de maravilhosa paisagem para o rio Mondego, vê-se ao fundo, no vale, a Ponte da Lavandeira, local de grande beleza, propício ao lazer, à contemplação da natureza e á pesca.
As gentes desta freguesia, vivem um dia-a-dia divididas entre as necessidades da civilização e a beleza de um cenário medieval.

Acordam da sua rotina, de sobressalto, para entrarem nas Festas da Vila e verem a Marcha de Sta. Maria deslumbrar tudo e todos com o seu desfile, cantando e mostrando a alegria e beleza dos seus trajes, preparados com grande azáfama e secretismo, alguns meses antes do dia festivo.

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